"Há quanto tempo eu estava naquela cidade? Como era mesmo meu nome? Cessado o calor, veria folhas secas cobrirem a calçada? Veria depois um vento gelado varrê-las e depois flores renascerem nos canteiros e depois o sol voltar na justa medida da falta que eu sentiria dele? Eu me merguntava pelas estações do Sul, por minhas próprias estações. (...) Quando eu era criança, as marcas de umidade demoravam a passar. Satolep demorava a passar. Eu temia que não passasse nunca."
(Vitor Ramil, Satolep. Cosacnaify, 2008.)
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