segunda-feira, 30 de junho de 2008

Decepções e saudade

Hoje acordei com o som do telefone
Me vi abraçada por uma família que não era a minha
E era ao mesmo tempo
Mas era uma família sem pai e sem mãe, só de tios,
Até parece uma família "Disney", pensei
Sorri, dormi, chorei
Me decepcionei pela quarta ou quinta vez com alguém
Alguém que me decepciona sem querer
Esse alguém sou eu
Por fim limpei meu quarto
E o interior de mim mesma
Faltou assunto no bate-papo virtual
E senti saudade de dividir piadas com meu irmão..

sábado, 28 de junho de 2008

Medo de Amar #3

Você diz que eu te assusto
Você diz que eu te desvio
Também diz que eu sou um bruto
E me chama de vadio
Você diz que eu te desprezo
Que eu me comporto muito mal
Também diz que eu nunca rezo
Ainda me chama de animal
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer...
Você diz que eu sou demente
Que eu não tenho salvação
Você diz que simplesmente
Sou carente de razão
Você diz que eu te envergonho
Também diz que eu sou cruel
Que no teatro do teu sonho
Para mim não tem papel
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer...
...me amar!


(Adriana Calcanhoto)

sábado, 21 de junho de 2008

Amor Caipira e Trouxa das Minas Gerais

Deixei nas Minas Gerais
Uma canção feitinha
Com o calor do sol
Pra toda a noite
Quando sonha
O meu amor caipira
Usar como lençol

E se lembrar de mim
Que ando sempre
Cavalgando em nuvens carregadas
Com tudo em cima
E um beijo por roubar
Com tudo em cima
E um beijo por roubar

Do meu amor caipira e trouxa
Das Minas Gerais
Do meu amor caipira e trouxa
Das Minas Gerais

Depois das seis
Depois do banho
Depois do dia que não vai raiar
Talvez eu pense em viajar

Num trem fantasma
Nos braços da noite
Atrás do beijo
Caipira e doce
Das Minas Gerais

Eu chego lá
Na Noite São João...


(Almôndegas, Zé Flávio - Composição)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Tabaco e Channel

Un olor a tabaco y channel
Me recuerda el olor de su piel
Una mezcla de miel y café me recuerda el sabor de sus besos
El color del final de la noche
Me pregunta dónde fui a parar, dónde estás
Que esto sólo se vive una vez
Dónde fuiste a parar, dónde estás

Un olor a tabaco y channel
Y una mezcla de miel y café
Me preguntan por ella
Me preguntan por ella
Me preguntan también las estrellas
Me reclaman que vuelva por ella
Ay, que vuelva por ella
Ay, que vuelva por ella
No se olvida, no se va
No se olvida, no se va
No se olvida, nada
No se va, no se olvida, no se va
No se olvida, no se va
No se olvida, nada, nada

Una rosa que no floreció
Pero que el tiempo no la marchita
Una flor prometida, un amor que no fue
Pero que sigue viva
Y otra vez el color del final del final de la noche
Me pregunta dónde fui a parar
Que esto solo se vive una vez
Dónde fuiste a parar, dónde estás

Un olor a tabaco y channel
Y una mezcla de miel y café
Me preguntan por ella
Me preguntan por ella
Me preguntan también las estrellas
Me reclaman que vuelva por ella
Ay, que vuelva por ella
Ay, que vuelva por ella

Pero fueron las mismas estrellas que un día
Marcaron mis manos
Y apartaron la flor, esa flor de mi vida
De mi vida

Un olor a tabaco y channel
Y una mezcla de miel y café
Me preguntan por ella
Me preguntan por ella
Me preguntan también las estrellas
Me reclaman que vuelva por ella
Ay, que vuelva por ella
Ay, que vuelva por ella
No se va, no se olvida, no se va
No se olvida, no se va
No se olvida, nada, nada
No se va, no se olvida, no se va
No se olvida, no se va
No se olvida, nada, nada

(Bacilos)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Perfeita

Se me chamam "perfeita"
Será isso um elogio?
Mulher perfeita, mulher sem graça
Ou mulher que tem graça na dose certa?
A perfeição trai, não atrai
E até onde eu sei vai e torna mais longe
Uma despedida sem adeus, sem distância
Uma despedida do acaso, do que de novo ocorreu
Para talvez nunca mais ser talvez
E se me chamam "impressionante"
Mas mesmo assim quem diz isso
Se contenta ao não-querer estar
Ao não-estar, a não ficar e a ficar só.
Será isto um conselho?

Poemeto de Fernando Pessoa

Levava eu um jarrinho
P'ra ir buscar vinho
Levava eu um tostão
P'ra comprar pão;
E levava uma fita
Para ir bonita.

Correu atrás
De mim um rapaz:
Foi o jarro p'ra o chão,
Perdi o tostão,
Rasgou-se-me a fita...
Vejam que desdita!

Se eu não levasse um jarrinho,
Nem fosse buscar vinho,
Nem trouxesse uma fita
P'ra ir bonita,
Nem corresse atrás
De mim um rapaz
Para ver o que eu fazia,
Nada disto acontecia
.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Palpos de Aranha

Este apartamento me sufoca
As paredes me calam a voz
A língua ao lado, eu sei
Reclama se a minha guitarra
Espanta as moscas do ar
Não é fácil respirar
Apesar dos dois pulmões que eu tenho
Eu já não posso mais cantar o rock que fiz
No último dia três de primavera
Sob este céu suburbano, só me resta chorar
Realmente estou em palpos de aranha
Moço, venha me ajudar
Seja você o Super-Homem
Kit Carson ou até mesmo Búfalo Bill
Me tire do aperto, alivie o cerco
Deixe o ar entrar
Mesmo que o meu rock sirva só pra espantar


Hoje quando acordei tocavam na minha cabeça repetidamente alguns trechos desconexos dessa música. Deu até saudade de quando eu era criança, e "Satolep passava mais devagar". Como eu gostava de ouvir o velho disco dos Almôndegas...

domingo, 15 de junho de 2008

Um pouco de Satolep (nesta noite de junho, e muito frio)

"Há quanto tempo eu estava naquela cidade? Como era mesmo meu nome? Cessado o calor, veria folhas secas cobrirem a calçada? Veria depois um vento gelado varrê-las e depois flores renascerem nos canteiros e depois o sol voltar na justa medida da falta que eu sentiria dele? Eu me merguntava pelas estações do Sul, por minhas próprias estações. (...) Quando eu era criança, as marcas de umidade demoravam a passar. Satolep demorava a passar. Eu temia que não passasse nunca."

(Vitor Ramil, Satolep. Cosacnaify, 2008.)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O drama de alguém, post a post (no Twitter)

Vou esquentar um leite e tomar uma mamadeira de Nescau, pra espantar o frio e ver se aqueço as idéias...

Já terminei os objetivos, a metodologia, a justificativa... agora só falta COMEÇAR o referencial teórico! (e já são quase meia-noite).

O prazo está se esgotando... o sono chegando.

Minha cama me chama... mas uma voz em minha mente me diz: resista! resista!! só penso que depois de amanhã isso terá acabado..

Afinal, amanhã acaba o prazo! O lado bom disso é que terei o final de semana livre. Do contrário, passaria o findi ENROLANDO...

Pq fazer mesmo o trabalho, só faria quando estivesse bem em cima do prazo, quase na hora de apertar o botão do pânico. Ou do foda-se.

Minha conversa com a @reinhardt no MSN esta noite é digna de se guardar para a posteridade, como lembrança dessa noite insone e inglória.

"Na sopa do texto científico, vão também umas abobrinhas..."

A @reinhart diz: jah tem o titulo para o conto: "noite insone e ingloria de uma insigne jornalista"

Talvez não tenha muita graça isso pra todo mundo, pq, em parte, é piada interna...

reinhardt @biancazanella parece q somos as unicas insones por aqui.

reinhardt fazendo trabalho nessa madrugada fria de santo antonio. Agora é só rezar pro Toninho gostar do resultado.

biancazanella @reinhardt Bah, pq de Santo Antonio??? Existe Santo dos TCCs? Tô mais pra rezar pra S. Judas - o sto das causas impossíveis...

reinhardt @biancazanella Sto Antonio pq é o do dia [13/06] e pq é do nome do professor!

reinhardt pq as pessoas riscam em livros de biblioteca? não peguei um limpinho até agora :/

biancazanella @reinhardt Bah, pior, nem lembrei disso... E olha que eu morava em Balsas, que tem Sto Antonio como padroeiro.

biancazanella A propósito... hoje é aniversário de Balsas! Deve ter festejos por lá...

biancazanella Vou fazer simpatia: já que pendurar a imagem do Sto não resolve, vou pendurar o TCC de cabeça pra baixo pra ver se arranjo namorado... hehe

reinhardt @biancazanella hauhuahauahauhuaaua reinhardt espero que o projeto da @biancazanella esteja indo no ritmo das reflexões sobre a vida q ela fez aqui hj

biancazanella eu não sei paraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar!!! Como é que se TERMINA um referencial teórico?

biancazanella Não consigo dar um fim, o q me leva a crer, praticamente convencida, de que tudo o que eu escrevi não tem, enfim, pé nem cabeça.

biancazanella Que tal eu terminar assim? Reconhecendo o caráter inconclusivo deste referencial, já que, de fato, ele não chega a lugar algum...

biancazanella ... vou simplesmente colocar um ponto final".

biancazanella Abre aspas, fecha aspas, abre aspas, fecha aspas...

reinhardt @biancazanella achoq o ponto final, simplesmente, é uma boa

reinhardt @biancazanella e isso é serio!

reinhardt terminada a coleta, agora começa a costura. isso vai até as 6h da manhã, pelo visto

reinhardt pensando em esperar até a seis, me deu vontade de tomar café da manha de hotel e ir dormir. quem sabe nao ganho outro premio qnd eu acordar?

reinhardt pensando em esperar até a seis, me deu vontade de tomar café da manha de hotel e ir dormir. Nã! Guarapuava nunca mais, é o lema

biancazanella @reinhardt Gostei disso... da idéia do café e do que vem junto com o café...

biancazanella Será que amanhã alguém vai ler tudo isso?


TCCzando...

Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas. Abre aspas. Fecha aspas.

Ponto. Final.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

O que Nilson Lage quis dizer com isso???

Em mais esta madrugada insone, neste momento, minha reflexão paira por sobre esta divagação:

"Antes de existirem, na experiência dos homens, as coisas foram descobertas: o pássaro e seu vôo; o teorema e sua explicação; o céu e sua imensidade; a tirania e seu tirano; a libertação e a liberdade. Descobrir torna-se ato conseqüente quando se dá notícia do descobrimento.”

(LAGE, Nilson. Ideologia e Técnica da Notícia, 1979. Florianópolis: Insular, 3ª edição, 2001)

E agora me pergunto: o que, afinal, ele quis dizer com isso???

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Comentários pertinentes são bem vindos nesta postagem!!!

Canceriana

Canceriana, coração de cana
vem sorrindo pelo dia
que carrega em seu olhar
Canceriana, linho e porcelana
do zodiáco bacana
leve como o teu sonhar.

Canceriana, quando a alma ama
a gente pensa que escorrega
e a noite passa sem notar
tão escondida na casca que anda
perambulando pelos cantos
dona do seu próprio lar.


(Eu, e todas as outras cancerianas como eu, segundo Marquinhos Brasil)

terça-feira, 10 de junho de 2008

O palhaço que não sabia fazer rir

Era uma vez um palhaço que não sabia fazer rir.
Não tinha graça, não tinha nome, não tinha chapéu nem sapato, apenas o nariz de palhaço.
Não falava, não sabia nem contar piada.
Sua vida era digna de uma barata. Apenas caminhava, sem nenhuma palavra.
Então, saiu por aí, pé por pé, as vezes com as mãos.

Um dia atrapalhado o palhaço tropeçou e caiu no chão.
Hihihi...
Que barulho seria aquele?
Hihihi...
O palhaço não entendia, porque alguém riria da tragédia alheia?

Hihihi...hihihi

O palhaço olhou para o lado e uma menina,
que parecia uma pulga de tão pequenininha, se escondia...
e então se encheu de alegria.
Pela primeira vez na sua vida, alguém ria.



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Esse texto, meio crônica, meio poesia, é de autoria de um amigo meu, o talentoso contador de histórias e cartunista Wagner Passos, que assina também o desenho.

Hihihi, Wagner, Hihihi...

Grupo Buriti: há seis anos, uma parte do Movimento Escoteiro em Balsas

Em 30 de maio de 2002, 12 jovens de camisa azul prometeram, diante da Bandeira Nacional, fazer o melhor possível para cumprir os seus deveres para com Deus e a Pátria. Prometeram também ajudar o próximo e fazer todos os dias uma boa ação. Ao fazerem isso, recolocavam Balsas no seleto grupo de municípios brasileiros onde atuam Grupos Escoteiros. Naquele dia, estava sendo fundado o Grupo Buriti.

De acordo com a União dos Escoteiros do Brasil (UEB), atualmente, apenas um, em cada 12 municípios do País tem grupos escoteiros atuantes. No Maranhão, apenas outros dois municípios – São Luís e Imperatriz – têm esse privilégio. Por mais que não tivessem a dimensão disso, aqueles jovens precursores estavam inserindo Balsas em uma fraternidade mundial que conta com mais de 25 milhões de jovens e adultos, homens e mulheres, em todo o mundo.

No próximo mês de julho farão 101 anos desde que o primeiro acampamento escoteiro foi realizado, na Ilha de Brownsea, Inglaterra, por iniciativa do fundador Lord Baden Powell. No mês passado, o Grupo Escoteiro Buriti completou seis anos de atividades ininterruptas, graças à boa vontade daqueles que mantém sua participação, e de tantos que por aqui já passaram, entre idas e vindas, e doaram-se também durante algum tempo.

Ao longo da minha vida escoteira, tive no pescoço dois lenços: um era xadrez preto e branco com listras vermelhas, do Humaitá-Sul, onde fui lobinha e escoteira, dos 7 aos 13 anos em Pelotas/RS, minha cidade natal. O outro tem as cores grená e amarelo, e era este que eu usava quando recebi o distintivo Lis de Ouro, sendo uma das poucas escoteiras a alcançar tal grau no estado do Maranhão. Foi com esse lenço no pescoço também que participei de grandes atividades, de acampamentos, de jornadas que viraram madrugadas, e deram-me grandes ensinamentos de companheirismo, paciência e força de vontade. E era este mesmo lenço que eu via no pescoço de lobinhos e escoteiros por quem tinha e tenho tanto carinho, quando me chamavam de “Baloo”. É por isso que tenho orgulho de ambos os lenços, mas sinto orgulho, especialmente, de ter feito parte ao lado dos meus pais, dos meus irmãos e de grandes amigos que o Escotismo me proporcionou, da história do Grupo Buriti, pelo seu pioneirismo, e pela importância que ele tem na comunidade de Balsas.

Ainda não desaprendi a fazer nós, nem esqueci o cancioneiro de jornada. Hoje, pela necessidade de ocupar meu tempo com outras atividades, o uniforme está guardado. Mas só por algum tempo. Qualquer dia destes eu o visto de novo, pra matar a saudade de um bom fogo de conselho! Porque todo mundo sabe que “uma vez escoteiro, sempre escoteiro!”.

***

Mas, como eu ia dizendo... Existem muitas formas de ação possíveis para contribuir com a construção de uma sociedade melhor: Isso pode ser feito através da igreja, da caridade, do trabalho comunitário, do engajamento político, da prática desportiva e de tantas outras maneiras. O Escotismo, entretanto, mostra-se como um movimento dos mais completos porque, respeitando as orientações políticas e religiosas particulares de cada indivíduo, tem como ideal o desenvolvimento pleno das potencialidades humanas – físicas, morais e psicológicas. Seus princípios, incentivam o auto-conhecimento através da espiritualidade, estimulam o serviço ao próximo, o crescimento por meio do trabalho em equipe, a disciplina, o respeito à natureza, a participação na vida política e social da comunidade e tantos outros valores, que são transmitidos através de um método de educação lúdico e não-formal.

É por isso, que a atuação de um Grupo Escoteiro no município é um privilégio tanto àqueles que fazem parte do Movimento quanto à comunidade em geral, que se beneficia indiretamente pela convivência de mais e mais jovens e adultos retos de caráter e líderes em boa vontade. E é graças a uns poucos que um dia se encontraram nesta cidade de migrantes, vindos de lugares distintos, mas identificados pelo mesmo “aperto de mão esquerda” e pela saudação “Sempre Alerta”, que Balsas pode hoje ter orgulho de dizer que faz parte da grande fraternidade que é o Movimento Escoteiro.

Manter um Grupo Escoteiro não é uma tarefa fácil, ainda mais quando se está distante de outros grupos em que se apoiar mutuamente, e dos próprios centros que coordenam o Movimento no País, que são as regionais administrativas da UEB (União dos Escoteiros do Brasil). Há ainda outros obstáculos, talvez até maiores, e estes, por experiência, afirmo que são enfrentados por todos os G.E.s, independentemente da localização geográfica: Engana-se quem pensa que é a falta de recursos, porque isso, ainda que a escassez de verbas seja uma realidade, é absolutamente contornável. O maior problema diz respeito ao pequeno número de adultos disponíveis, e dispostos a assumir esse compromisso de dedicar boas horas do seu tempo à atividade de Escotista. Não que não valha à pena, porque, como todo o voluntariado, este também tem suas recompensas, e são muitas. Porque o Movimento Escoteiro é acima de tudo um movimento alegre, e aqueles que fazem parte desta fraternidade aprendem, pela sua Lei, a “sorrir nas dificuldades”. Com lenço, ou sem lenço, de mochila nas costas ou não, guardam para sempre boas histórias, grandes e fortes laços de amizades, e habilidades que lhes serão úteis e lembradas sempre, nos momentos mais oportunos.

Estão de parabéns, por tudo o que representam, os lobinhos, escoteiros, seniores e guias de lenço grená e amarelo no pescoço, os pais que doam parte do seu tempo e trabalham para oferecer suporte adminsitrativo ao grupo, e sobretudo os chefes escoteiros, que desde a fundação do Grupo Buriti não medem esforços para manter acesa aqui em Balsas algumas fagulhas deste Espírito Escoteiro.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Para tu amor

Para tu amor lo tengo todo
Desde mi sangre hasta la esencia de mi ser
Y para tu amor que es mi tesoro
Tengo mi vida toda entera a tus pies

Y tengo también un corazón
Que se muere por dar amor
Y que no conoce el fin
Un corazón que late por vos

Para tu amor no hay despedidas
Para tu amor yo solo tengo eternidad
Y para tu amor que me ilumina
Tengo una luna, un arco iris y un clavel

Y tengo también un corazón
Que se muere por dar amor
Y que no conoce el fin
Un corazón que late por vos

Por eso yo te quiero tanto
Que no sé como explicar lo que siento
Yo te quiero porque tu dolor es mi dolor
Y no hay dudas yo te quiero
Con el alma y con el corazón
Te venero hoy y siempre
Gracias yo te doy a ti mi amor
Por existir

Para tu amor lo tengo todo, lo tengo todo
Y lo que no tengo también, lo conseguiré
Para tu amor que es mi tesoro
Tengo mi vida toda entera a tus pies

Y tengo también un corazón
Que se muere por dar amor
Y que no conoce el fin
Un corazón que late por vos

Por eso yo te quiero tanto
Que no sé como explicar lo que siento
Yo te quiero porque tu dolor es mi dolor
Y no hay dudas yo te quiero
Con el alma y con el corazón
Te venero hoy y siempre
Gracias yo te doy a ti mi amor


(Juanes)

Saigon

Tantas palavras
Meias palavras
Nosso apartamento
Um pedaço de Saigon
Me disse adeus
No espelho com batom...

Vai minha estrela
Iluminando
Toda esta cidade
Como um céu
De luz neón..

Seu brilho silencia
Todo som
Às vezes
Você anda por aí
Brinca de se entregar
Sonha pra não dormir...

E quase sempre
Eu penso em te deixar
E é só você chegar
Pr'eu esquecer de mim...

Anoiteceu!
Olho pro céu
E vejo como é bom
Ver as estrelas
Na escuridão
Espero você voltar
Prá Saigon...


(Emílio Santiago)

sábado, 7 de junho de 2008

Justificativa

É noite sábado, e faz frio nesta longínqüa terra Satolepeana.. É noite, mas ainda a pouco era dia e eu nem vi o céu hoje.
Passei hoje prisioneira de mim mesma, imaginando que o isolamento voluntário fosse ser suficiente para aumentar meu rendimento na produção científica. Era necessário, mas não adiantou muito.
Quando Deus disse "sociedade: abra os olhos", eu fiz que não era comigo e continuei dormindo. Enquanto estava acordada, passei comendo a maior parte do tempo. Devorei uma caixinha de leite condensado com gana de que fosse Coca-Cola gelada, e quase uma penca inteira de bananas, preferindo que fossem morangos.

Alguns amigos virtuais vieram me prestar solidariedade, e me ajudaram a enrolar por mais algum tempo.

Escrevi os objetivos do meu trabalho. Fiz um esboço do projeto. Uma pequena síntese. Agora ainda estou emperrada na justificativa. Aí eu me pergunto:
"Por que, Deus, afinal, eu tenho de fazer este trabalho?!?!?!"
Na real me convenço: não estou absolutamente convencida de que ele é importante, mas o faço, porque preciso obedecer às convenções. Sendo assim, como posso convencer os outros??

Um amigo solidário, tentando ajudar no meu dilema, perguntou: Sobre o que é o teu projeto? Respondi, dando um Ctrl+C e Ctrl+V do arquivo no Word sobre os "objetivos" para o chat no MSN. Então ele seguiu o questionamento, e tentando me induzir a pensar, perguntou: Mas por quê? Oras... se eu soubesse, e tivesse de onde "colar" essa resposta, já teria feito a justificativa.