terça-feira, 30 de outubro de 2007

Ah, os cariocassss...


Pra vocêssss, cariocassss, nas palavrassss da gaúcha Adriana Calcanhoto

CARIOCAS são bonitos
CARIOCAS são bacanas
CARIOCAS são sacanas
CARIOCAS são dourados
CARIOCAS são modernos
CARIOCAS são espertos
CARIOCAS são direitos
CARIOCAS não gostam de dias nublados...

CARIOCAS nascem bambas
CARIOCAS nascem craques
CARIOCAS têm sotaque
CARIOCAS são alegres
CARIOCAS são atentos
CARIOCAS são tão sexys
CARIOCAS são tão claros
CARIOCAS não gostam de sinal fechado...

Tenho a obrigação moral de defender os homens da minha terra e deixar claro que não compactuo com a idéia do senso comum de que em Pelotas é terra de... bem todo mundo conhece a fama, né? Embora não concorde, a piada é livre! Por isso não concordo também com atitudes hostis contra profissionais. Nada de jogar ovo e querer briga com ninguém. Não gosta, não assiste. Até porque, essa questão da homosexualidade não tem nada a ver com fatores geográficos ou até mesmo culturais. Ninguém "vira" gay por convivência. Isso não é doença!!!

Outra questão que é preciso deixar bem claro é que masculinidade não significa xucreza. Pra ser homem não precisa ser grosso (deixando de lado os trocadilhos...). Aliás, homem que é homem trata a mulher como prenda, com delicadeza e respeito, "sacaram" seus cacetas?? Sai pra lá com essas grossuras de homens sem sensibilidade... Mas também não precisam exagerar.

Para finalizar esse tópico, faço um apelo: deixem os homens - hetero e homosexuais - dessa cidade em paz!!! (E serão sempre bem recebidos nesta terrinha...)

Casseta e Planeta Urgente!


Não é que as coisas aconteçam facilmente para mim, a questão é que elas simplesmente "acontecem". Coisa de estar no lugar certo, na hora certa, destino... que chamem como quiserem!
Isso até já foi nóia, paranóia, mas agora parei. Cheguei a me questionar se "eu merecia tanto", mas agora eu digo... "e por quê não?"
Vivo aos tropeços, e de vez em quando acabo tropeçando em algo que me interessa. Por mais que eu me foque em algo, quando eu quero, não adianta, não acontece. Tudo acontece por vias alternativas. Quando e como? Da maneira mais inesperada.
Por isso eu acredito muito que, qualquer dia desses, um carro da Globo ainda vai me atropelar, e aí, ao prestarem socorro, vão olhar pra mim ali, toda estropiada no meio da rua e dizer "essa guria tem talento!" e me levar embora pro Projac. É sério... quem duvida?

Bem, enquanto não acontece, eu vou tratando de me colocar nos caminhos desses carros.
Assistam hoje à noite, Casseta e Planeta Urgente em Pelotas, no quadro Brasil Adentro e pode ser que vocês me vejam de relance. hehehe

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Admite!

Admite
Fábio Reynol

Lamento admitir, mas o Nelson Rodrigues tem razão, o amor não morre. Nunca. Por mais que o enterremos, o afoguemos, tentemos esfaqueá-lo, esquartejá-lo ou incinerá-lo, ao contrário do frágil ódio, o amor perdura. O amor que foi continua sendo. Mesmo se a decepção, a traição, o rancor, o ciúme, o egoísmo ou a morte tenham destruído um relacionamento, o amor que um dia aconteceu é para sempre.

Podes sentir ciúme dos “ex”s de tua amada. Aqueles que passaram pela vida dela carregam um todo dessa mulher que tu nunca vais ter. Do mesmo modo, as ex-namoradas de teu marido das quais você “roubou” o cargo de esposa, roubaram de ti românticos capítulos da juventude desse homem que jamais terás. Mesmo que hoje ele as odeie, as despreze e nunca mais as veja, um todo de cada uma delas está presente nele. Para sempre.

Quem pode roubar de nós o primeiro beijo roubado? O primeiro é o primeiro. Se tu não foste o autor do primeiro, tu serás, no máximo, o primeiro de língua, o primeiro na padaria, o primeiro com aparelho nos dentes... O primeiro mesmo, meu caro, já foi e dela ninguém tira. Admite.

Admite o quão verdadeiros foram as confissões babacas ao pé-do-ouvido, as primeiras flores recebidas, as fugas e desculpas para ver o “grande amor da minha vida”, o beijo flagrado naquela tarde embaixo da mangueira e que só foi o que foi porque teve um beijo, um abelhudo e uma mangueira que jamais voltarão. Não precisam. São eternos. Ainda que o amado tenha sumido, o abelhudo, morrido e a mangueira, sido cortada.

Admite que teu amado de hoje foi aprimorado pelas outras mulheres que ele amou. Que as flores que recebes hoje são filhas do primeiro buquê que ele comprou cujo perfume ainda está nele. Admite que a paciência dele com tua TPM foi conquistada por outra menina que não contou com a mesma complacência. Que as delicadezas que ele hoje tem contigo não vieram das conversas com os amigos, mas de aulas práticas ministradas por almas do sexo feminino.

Admite que tua mulher não virou mulher em teus braços e que nem por isso é menos encantadora do que aquela primeira que te fez homem. Aceite o fato de que o olhar carinhoso que hoje te derrete foi ensaiado em outros rapazes e que os beijos que agora recebes são jóias lapidadas por outras bocas. Graças a elas, não recebeste um diamante bruto.

Admite que teu amado não é teu. Há nele algo tão “ele” que jamais terás, feito de partes que outras tiveram, feito de um todo que também levarás.

Admite que tua amada não é tua. Há nela um Bruno, um Carlos, um Luís tão dela quanto ela mesma. Amores verdadeiramente amados que nunca morrerão e que a fazem ser quem é, que fazem todos ser quem são.

Admitir isso é o começo do amor.

Sonho sem fim

Sabe aqueles sonhos em que você não é você mas sabe que é você? E tem outra pessoa que parece alguém mas na verdade não é quem você pensa que é? E acontece em um lugar que não lhe é estranho... e as vezes acontece em vários lugares distantes que no sonho parecem um só, como o seu quarto em uma casa de campo que fica a quilômetros do seu quarto na vida "real".

Essa noite eu tive um destes, e parecia tão real, tão real, que eu sabia que era um sonho mas não conseguia acordar, e quando acordei não sabia aquilo era apenas um sonho.

Eu era obrigada a ficar trabalhando em um lugar, parecia uma empresa, e eu tinha que ficar lá. Eu tentava ligar para o meu pai e não conseguia. Então eu fui até um armário e lá dentro havia vários documentos, objetos pessoais, todos arrumados como se fosse um arquivo de delegacia, e junto estava o celular do meu pai. Isso me fazia concluir que ele também estava preso lá. Parecia um desenho animado. Logo eu estava andando por uma estrada...
E o celular tocou!!! Não o do sonho, o meu.
Não atendi.
Fiquei ali de olhos fechados, concentrada para ver se conseguia voltar o sonho.
Dormi de novo mas aí comecei a sonhar com outra coisa nada a ver.
Acordei, assim como quem desliga a TV irritada porque perdeu o final do filme que estava dando antes e não quer ver o programa que está passando agora.
Naquele sonho, vou ficar na minha memória apenas fugindo... nem sei de quê, mas fugindo...

Carta-desabafo-padrão

Não vou perder meu tempo, nem gastar inspiração.
Aproveito o que a Fernanda Yang já escreveu para todos os momentos assim.

Nome da cidade, tanto de tanto de dois mil e tanto.

Nome do destinatário

Envio esta carta porque nunca mais quero você na minha frente. E dessa vez falo sério. Nunca mais quero ouvir a sua voz, mesmo que seja se derramando em desculpas. Nunca mais quero ver a sua cara, nem que seja se debulhando em lágrimas arrependidas. Quero que você suma do meu contato, igual a um vírus ao qual já estou imune.

A verdade é que me enchi. De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia, o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame.

Fico pensando como chegamos a esse ponto. Como nos permitimos deixar nosso amor acabar nesse estado, vendido e desconfiado. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser. Não quero mais nada que exista no mundo por sua interferência. Não quero mais rastros de você no meu banheiro.

Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar? O tédio a dois - essa é a minha parte no negócio? Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando. Mas antes faço questão de te dizer três coisas.

Primeira: você não é tão interessante quanto pensa. Não mesmo. Tive bem mais decepções do que surpresas durante o tempo em que estivemos juntos.

Segunda: não vou sentir falta do teu corpo. Já tive melhores, posso ter novamente, provavelmente terei. Possivelmente ainda esta semana.

Terceira: fiquei com um certo nojo de você. Não sei por quê, mas sua lembrança, hoje, me dá asco. Quando eu quiser dar uma emagrecida, vou voltar a pensar em você por uns dias.

Bom, era isso. Espero que esta carta consiga levantar você do estado deplorável em que se encontra. Mentira. Não espero nenhum efeito desta carta, em você, porque, aí, veria-me torcendo pela sua morte. Por remorso. E como já disse, e repito, para deixar o mais claro possível, nunca mais quero saber de você.

Se, agora, isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes.

Adeus, graças a Deus.

Nome do remetente.

P.S.: esta não é mais uma dessas cartas-desabafo.
P.S. do P.S.: esta é uma carta-desabafo-quase-música-de-Adriana-Calcanhoto.

domingo, 7 de outubro de 2007

Diariamente


Para calar a boca: rícino
Pra lavar a roupa: omo
Para viagem longa: jato
Para difíceis contas: calculadora

Para o pneu na lona: jacaré
Para a pantalona: nesga
Para pular a onda: litoral
Para lápis ter ponta: apontador

Para o Pará e o Amazonas: látex
Para parar na Pamplona: Assis
Para trazer à tona: homem-rã
Para a melhor azeitona: Ibéria

Para o presente da noiva: marzipã
Para adidas: o conga nacional
Para o outono: a folha, exclusão
Para embaixo da sombra: guarda-sol

Para todas as coisas: dicionário Para que fiquem prontas: paciência
Para dormir a fronha: madrigal
Para brincar na gangorra: dois

Para fazer uma toca: bobs
Para beber uma coca: drops
Para ferver uma sopa: graus
Para a luz lá na roça: duzentos e vinte volts

Para vigias em ronda: café
Para limpar a lousa: apagador
Para o beijo da moça: paladar
Para uma voz muito rouca: hortelã

Para a cor roxa: ataúde
Para a galocha: Verlon
Para ser moda: melancia
Para abrir a rosa: temporada

Para aumentar a vitrola: sábado
Para a cama de mola: hóspede
Para trancar bem a porta: cadeado
Para que serve a calota: Volkswagen

Para quem não acorda: balde
Para a letra torta: pauta
Para parecer mais nova: Avon
Para os dias de prova: amnésia

Para estourar pipoca: barulho
Para quem se afoga: isopor
Para levar na escola: condução
Para os dias de folga: namorado

Para o automóvel que capota: guincho
Para fechar uma aposta: paraninfo
Para quem se comporta: brinde
Para a mulher que aborta: repouso
Para saber a resposta: vide-o-verso
Para escolher a compota: Jundiaí
Para a menina que engorda: hipofagi
Para a comida das orcas: krill

Para o telefone que toca
Para a água lá na poça
Para a mesa que vai ser posta
Para você, o que você gosta: Diariamente.

[Nando Reis]

(Se me falta inspiração... deixo que palavras alheias falem por mim)

Don't go breaking my heart

Don't go breaking my heart
I couldn't if I tried
Honey if I get restless
Baby you're not that kind

Don't go breaking my heart
You take the weight off me
Honey when you knock on my door
I gave you my key

Nobody knows it
When I was down
I was your clown
Nobody knows it
Right from the start
I gave you my heart
I gave you my heart

So don't go breaking my heart
I won't go breaking your heart
Don't go breaking my heart

And nobody told us
`Cause nobody showed us
And now it's up to us babe
I think we can make it

So don't misunderstand me
You put the light in my life
You put the sparks to the flame
I've got your heart in my sights


[Elton John]

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Ok?!?!

"Sexta-feira eu vou estar sozinha em casa... então porque você não vai lá?"

uhhhh... detesto refrões pegajosos!!! hehehe

A Sua

Eu só quero que você saiba
Que eu estou pensando em você
Agora, e sempre mais

Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintomas de saudade,
Tô pensando em você
Como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor,
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você caiba
No meu colo porque
Eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás

Tô com sintomas de saudade,
Tô pensando em você
Como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor,
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você saiba
Que eu estou pensando em você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
Eu te quero livre também...
como o tempo vai e o vento vem

[Marisa Monte]

"Enquanto eu vou andando o mundo gira
E nos espera numa boa
Eu sei... eu sei... eu sei..."