"Aprendeu a conviver com a verdade. Não a aceitá-la, mas a conviver com ela. Era como viver com um elefante. O quarto era pequeno, e toda manhã ele tinha de se espremer em torno da verdade para chegar ao banheiro. Para alcançar o armário e pegar uma cueca, tinha de engatinhar sob a verdade, rezando para que ela não escolhesse aquele momento para sentar-se sobre o seu rosto. À noite, quando fechava os olhos, ele a sentia assomar acima dele."
(Nicole Krauss, A história do Amor)
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